Descoberto planeta a 560 anos-luz da Terra

Depois de oito meses de observações o telescópio espacial Kepler fez a descoberta de um planeta rochoso do tamanho similar ao da Terra. Localizado entre as constelações de Cignus e Lyra, batizado de Kepler - 10b o astro é 40% maior que a Terra e orbita a estrela - mãe 20 vezes mais próximo que Mercúrio do Sol.

Localizado de acordo com os pesquisadores a 560 anos - luz da Terra, ele é o menor planeta já descoberto fora do sistema solar. Executa uma revolução ao redor da extrela a cada 0,84 dias, Kepler - 10b não se encontra em uma zona habitável, pois sua distância da estrela - mãe não permite a existência de água em estado líquido.

Com uma estrela - mãe muito parecida com o Sol em termos de temperatura e massa, mas tem diferença de idade. Nosso Sol tem cerca de 4,5 bilhões de anos, a estrela hospedeira do planeta é muito mais velha, com cerca de 10,9 bilhões de anos.

"As melhores ferramentas da missão Kepler convergiram para produzir a primeira evidência concreta da existência de um planeta rochoso que orbita uma estrela diferente do Sol", diz a cientista Natalie Batalha.

Sua descoberta foi possível através da detecção da mudança do brilho da estrela, que diminui quando um planeta passa à frente do disco solar. Calculando a quantidade de vezes que esse brilho é modificado, os pesquisadores conseguem determinar a velocidade de translação, a distância até a estrela, o tamanho e a massa do objeto.

"Embora o planeta não esteja na zona habitável, essa emocionante descoberta evidencia os tipos de achados possíveis graças à missão da sonda e comprova a promessa de que muito mais novidade vem por aí", diz Douglas Hudgins cientista do programa Kepler junto à Nasa. Para ele a descoberta de Kepler - 10b é um marco significativo na busca por planetas semelhantes ao nosso.

Fonte: Apolo 11 - http://www.apolo11.com
/spacenews.php?titulo=Nasa_confirma_existencia_de_novo_planeta_a_560_anos-luz_da_Terra&posic=dat_20110112-105724.inc

De volta a ativa

Depois de muito tempo, aliás um semestre inteiro, estou de volta. É claro ainda com pequenos problemas em cálculo, mas nada que não seja insuperável.

Durante o tempo que estive fora muitas coisas aconteceram a nossa querida ISS apresenta problemas, os sete integrantes da missão STS-131 do ônibus espacial Discovery tiveram dificuldades em instalar o novo tanque de amônia usado para transferir o excesso de calor do interior da estação, mas isso é claro aconteceu no início do ano. Hoje a ISS conseguiu trocar a poucos dias os tanques de amônia, mas ainda tem problemas com o sistema de refrigeração.

Um fenômeno bem interessante que ocorreu início desse mês foi uma grande ejeção de massa coronal do sol, que atingiu o campo magnético da Terra na última quarta - feira (04/08) causando fortes tempestades geomagnéticas sobre a região polar norte. As partículas carregadas atingiram a marca de 6 do indíce KP que vai até 9, esse valor já é considerado bastante elevado podendo causar blackouts de radiopropagação e interferências em dados de GPS. A tempestade mais intensa registrada até agora foi o Evento Carrington e aconteceu entre agosto e setembro de 1859, nesse período a tempestade causou diversas explosões nas linhas telegráficas e as auroras podiam ser vistas em latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí.

Pois é, pena que não podemos observar um fenômeno desses aqui no sul, se quiséssemos observar alguma coisa teríamos que estar bem mais ao sul, pois as auroras só são visíveis nos pólos, a boreal para o norte e a austral para o sul. Mas nos contentamos com o frio e a chuva, algo típico daqui.

Ano Internacional da Astronomia é tema da Semana da Física na UDESC-CCT

Iniciou nesta segunda-feira a Semana da Física que tem como tema principal o Ano Internacional da Astronomia. Neste período ocorrerão diversas palestras e minicursos que pretendem promover a Astronomia em Joinville.

Hoje dia 05/10 tem o minicurso de Astronomia ministrado por Taís Cristina Aleixo de Toledo, José Fernando Fragalli, Jonathan Thomas de Jesus Neto e Luiz Alexandre Devegili. O curso ocorrerá hoje das 15:30 às 17:15 hrs na sala B-09. Além do curso haverão observações astronomicas de segunda à quinta a partir das 18:30 hs ao lado do ginásio da Udesc.

Além do minicurso ainda em astronomia haverão mais três palestras. Na quarta dia 07/10 a partir das 10:00 hrs tem a palestra "Astronomia e a Ciência antes e depois de Galileu" ministrada por Adolfo Stoltz Neto integrante do GEA (Grupo de Estudos de Astronomia) na sala B-08. Na quinta dia 08/10 haverá a palestra "Galileu Galilei - O Mensageiro das Estrelas" com Alexandre Amorin também do GEA a partir das 10:00 hrs na sala B-09.

Para finalizar a semana no dia 09/10 haverá a palestra "Procura de Vida fora da Terra" com Augusto Damineli do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) a partir das 10:00 hrs no auditório.

Além dos cursos e palestras voltados a astronomia haverão também os minicursos "Física e Matemática", "Alfabetização Científica", "Desvendando os Mitos da Ficção Científica", "Viagem pelo Céu" e "Fenômenos Meteorológicos". E a palestra "Materiais nano-estruturados à base de carbono: filmes finos e nanotubos".

Para maiores informações acesse o site: http://www2.joinville.udesc.br/~sfis

Novidades sobre o ENAST

Depois de longos meses desaparecida (estive um pouco enrolada com as aulas de cálculo e álgebra) volto a colocá-lo em atividade. Como havia comentado em postagens anteriores este ano estarei no ENAST (Encontro Nacional de Astronomia). E publicarei todas as novidades e curiosidades sobre o evento. Falando em novidade aqui vão algumas sobre o encontro.

- Exposição de Instrumentos Astronômicos

Mostra com os mais diversos instrumentos astronômicos como binóculos, lunetas, telescópios, espelhos e lentes para telescópios, dentre outros materiais para que o público que tem menos acesso a estes equipamentos possa se familiarizar com os mesmos. Estes equipamentos ficarão em exibição durante todo o evento em local aberto ao público.

- Exposição de Relíquias Astronômicas

Em parceria com a equipe “Relíquias do Mundo” e do Clube de Astronomia do Colégio Estadual do Paraná (CACEP), realizará uma exposição com várias peças históricas relacionadas à Astronomia e Astronáutica.

- Exposição de Modelos e Maquetes de Foguetes

Em comemoração aos quarenta anos do vôo da Apollo 11, o ENAST em parceria com a “Bandeirante Foguetes Educativos” fará uma exposição de modelos e maquetes de foguetes, expondo inclusive modelos como o VLS – Veículo Lançador de Satélites e também o do veículo SEDNA, uma iniciativa privada nacional. Também haverá lançamento de foguetes educativos e demonstração de seu funcionamento.

- Exposição de Meteoritos

A Space Rocks Meteoritos estará expondo seu vasto acervo de meteoritos, incluindo exemplares lunares e marcianos. Os interessados poderão aproveitar e adquirir seus próprios meteoritos e iniciar sua coleção particular.

É tem muita coisa interessante para participar, estou eufórica, louca para que o dia 31 de outubro chegue logo. Para quem não poderá ir, estarei publicando tudo que ocorrerá no evento. E para os que vão espero encontrá-los lá.

Quem quiser saber mais pode acessar o site http://web.sercomtel.com.br/enast/.

Prorrogadas as inscrições para o 12º ENAST

Devido a inúmero pedidos a coordenação do 12º Encontro Nacional de Astronomia (ENAST) prorrogou as inscrições para participantes, apresentação de trabalhos, exposição e concurso de astrofotografia.


Para participantes as inscrições são de 01/02/2009 à 31/10/2009, são gratuitas com 1200 vagas. Já para a apresentação de trabalhos é de 01/02/2009 à 08/09/2009, para as modalidades de palestra, apresentação oral ou resumo, painele e mini-curso. E para a exposição e os concursos de Astrofotografia é de 01/02/2009 à 31/10/2009.

Para inscrição e maiores informações acesse o site http://web.sercomtel.com.br/enast/index.htm ou pelo endereço 12enast@gmail.com

Ásia assiste ao mais longo eclipse do século


A Ásia assistiu nesta quarta-feira ao mais longo eclipse solar total deste século. O sol foi completamente escondido pela Lua durante seis minutos e 39 segundos em uma região pouco habitada do Pacífico. Na China, a escuridão durou quase cinco minutos e, na índia, menos de quatro.

Milhões de asiáticos acompanharam o evento envolvidos em muita expectativa e superstição. No norte da Índia, um milhão e meio de peregrinos hindus foram à cidade santa de Kurukshetra para se banhar durante o eclipse em águas purificadas para "libertarem suas almas". Em todo o continente, pelo menos cinco milhões de hindus manifestaram sua fé banhando-se em águas sagradas.

Em um vilarejo do norte do Bangladesh, um país muçulmano, dezenas de milhares de pessoas em um estádio "começaram a chorar e a tremer de medo quando o sol desapareceu e aplaudiram quando ele voltou", contou Banamali Bhoumik, funcionário do local.

Caravanas de astrônomos amadores e profissionais percorram longas distâncias para testemunhar o evento. Cientistas esperam conseguir coletar informações para estudar os fenômenos solares. Para eles, será uma oportunidade de observar longamente a corona do sol, um anel luminoso que a fica a um milhão de quilômetros da superfície solar. Os pesquisadores querem saber o que faz com que a temperatura da corona chegue a dois milhões de graus.

O eclipse pôde começar a ser visto no Oceano Índico, ao longo da costa oeste da Índia. Depois de atravessar o país de oeste a leste, a sombra seguiu rumo ao Nepal, passando por Butão, Bangladesh, Birmânia, China e pelas Ilhas meridionais japonesas Ryukyu até o Pacífico.

(Com agência France-Presse)

Fonte: Site da revista Veja.

Curso de introdução à astronomia na UFSC.

O Planetário da UFSC promove o curso de " Introdução à Astronomia 'Leitura do Céu e Sistema Solar' 2009" de 20 à 31 de julho no anfiteatro do planetário, Campus Trindade, Florianópolis. O curso ocorrerá de segunda à sexta das 19:00 às 21:00 horas e não é necessário nenhum pré-requisito.

No curso será apresentado uma pequena história da astronomia, indo de antiga à moderna. Além de conceitos básicos como aspectos geométricos, coordenadas celestes, movimentos, a esfera terrestre e eclíptica. Também serão trabalhadas constelações, como efemérides, cartas celestes e muito mais.

Outro tema que será bastante abordado é o sistema solar, onde o estudante conhecerá sua denominação, movimentos, variações de brilho e diâmetro. Verá também a estrutura do sistema solar, dinâmica, parâmetros físicos do Sol, sistema Terra-Lua, planetas terrestres e pequenos corpos.Também conhecerão os instrumentos astronômicos, binóculos, telescópios. Tendo como complemento aulas práticas onde aplicarão os conhecimentos adquiridos.

As inscrições podem ser feitas a partir do dia 12 de maio de 2009 na secretaria do Planetário da UFSC. O valor da inscrição é R$ 70,00 e R$ 50,00 para estudantes.

Para maiores informações tem os telefones: (048) 3721.9241; (48) 9103.4145 ; (48) 9971.1513 ou e-mail: planetar@cfh.ufsc.br

A Volta do Cometa

Do jornalista científico Nigel Calder, o livro publicado em 1982 faz um levantamento histórico dos cometas que passaram próximos à Terra e sua influência na sociedade. Porém, o foco principal do livro é o cometa Halley que a cada setenta e seis anos vem nos fazer uma visita.

O livro é um roteiro da cometologia através da história, apresentando de maneira clara, sua origem até o momento da publicação do livro. Para quem gosta de história da astronomia, essa é uma boa opção de leitura.

Sobre o autor

Nigel Calder é um jornalista científico britânico, que trabalhou para a revista New Scientist de 1956 a 1966 atuando como jornalista e editor. Depois desse período trabalhou como roteirista de diversos documentários sobre ciência populas para a BBC e a Channel 4 (Londres). Além da publicação de vários livros de divulgação científica.

Ganhou o prêmio Kalinga para a Popularização da Ciência em 1972 por seu trabalho na televisão. Além desse prêmio em 2004, seu livro Magic Universe fora selecionado para o Prêmio Aventis de Livros de Ciências.

Grande cético do aquecimento global, participou do polêmico documentário The Great Global Warming Swindle. Seu último livro fora publicado em 2007 com o título "A Chilling Stars" em conjunto com o autor Henrik Svensmark.

Silêncio do Sol


O Sol apresenta desde o último ano níveis de atividade bastante baixos. Ele nunca esteve tão discreto, pelo menos não nos últimos 100 anos. Mas por quanto tempo ele vai ficar quieto?

Durante o ano passado não aconteceram manchas solares em 266 dos 366 dias do ano, mais de 73% do ano sem atividade. Mas na metade do ano passado alguns cientistas já alertavam que os dados estavam surpreendendo. Porém, outros vieram a público dizer que seus colegas estavam fazendo cálculos errados.

Hoje estão todos preocupados, refazendo seus próprios cálculos. Quem dizia que tudo estava normal chegava a afirmar que 2008 marcaria o Mínimo solar, e já estaríamos entrando em uma fase ascendente, rumo ao próximo Máximo Solar, previsto para ocorrer em 2012.

Mas o Sol continua a desmentir qualquer previsão, pois os primeiros dados de 2009 indicam que este ano pode ser ainda mais calmo em termos de manchas solares do que o marasmo de 2008. Até 31 de março não haviam sido registradas manchas solares em 78 dos 90 dias de 2009 o que corresponde a 87% de silêncio solar.

Mínimos Solares

Os mínimos solares ocorrem a cada 11 anos, como parte natural de um ciclo solar, descoberto pelo astrônomo alemão Heinrich Schwabe, ainda no século XIX.

As manchas solares são ilhas de magnetismo de tamanho similar ao de um planeta, que surgem na superfície do Sol. São elas responsáveis pelas tempestades solares, ejeções de massa de corona solar e emissões intensas de raios ultravioleta.

Schwabe fez um gráfico com os números de manchas solares e percebeu que os picos de atividade eram sempre seguidos por um período de calmaria, separados entre si por 11 anos. Isto tem sido verdade nos últimos 200 anos. O ciclo atual começou em 1996, ou seja, o seu Mínimo Solar deveria ter acontecido por volta de 2007.

Além de poucas manchas solares, ainda tem ocorrido ventos solares mais fracos. Segundo medições da sonda espacial Ulysses, houve uma queda de 20% na pressão do vento solar desde meados dos anos 1990, o menor desde que as medições começaram nos anos 1960.

Os ventos solares mantém os raios cósmicos galácticos fora do Sistema Solar. Com a diminuição do vento solar, mais raios cósmicos penetram no nosso sistema, resultando em maiores riscos para os astronautas, que não estão protegidos pela atmosfera terrestre. Ventos solares mais fracos também resultam em menos tempestades geomagneticas e menos auroras boreais e austrais.

Outras sondas espaciais da NASA também revelam que, desde o Mínimo Solar de 1996, o brilho do Sol caiu 0,02% no comprimento de onda da luz visível e 6% no comprimento de onda ultravioleta.

Estas variações são suficientes para produzir efeitos importantes porque a atmosfera superior da Terra recebe menos calor do Sol. O que é bom para os satélites artificiais que passam a sofrer menos arrasto, podendo aumentar sua vida operacional. Mas, por outro lado, isso também significa que o lixo espacial vai ficar mais tempo em órbita, oferecendo risco para esses satélites e para todos os que ainda serão lançados.

Se esse período de calmaria durar mais 1 ano, o atual Mínimo Solar superará os mínimos registrados em 1913 e 1901.

Agenda de eventos da região

Santa Catarina

- O Observatório Astronômico de Brusque (OAB) promove todo segundo e terceiro sábado de cada mês palestras e sessões de observação. A palestra sobre temas atuais da Astronomia começa às 20:00 hrs no próprio observatório.

Também é feita a exibição de vídeos temáticos. Em seguida ocorre a sessão de observações dos principais astros disponíveis na noite usando dois a três instrumentos. Se estiver nublado ou chuvoso não haverá observação.

As próximas palestras e sessões ocorrerão nos dias 9 e 16 de maio. Para maiores informações entre em contato com o observatório nos telefones 0 xx 47 3355-5550 ou 0 xx 47 9937-1084.

- O Planetário da UFSC realizará de 22 de junho a 03 de julho o curso de introdução a astronomia "Leitura do Céu e Sistema Solar" no Anfiteatro do Planetário. O curso ocorrerá de segunda à sexta durante duas semanas consecutivas, tendo inicio às 19:30 e término às 21:30 totalizando 20 horas-aula.

As inscrições custam R$ 70,00 e para estudantes R$ 50,00. Para maiores informações entre em contato nos telefones 48 3721-9241 ou 48 9103-4145 .

As observacões astronômicas de Galileu

Em comemoração ao Ano Internacional de Astronomia (AIA) o planetário da UFRGS promove no dia 27 de abril a palestra "As observações astronômicas de Galileu" com o Prof. Fernando Lang da Silveira. O evento ocorrerá a partir das 19h na Sala Multimeios do Planetário e a entrada é franca.

Durante a palestra o Prof. Fernando irá falará sobre as observações astronômicas de Galileu em 1609. Sendo que elas serviram para contestar a teoria de que a terra era o centro do Universo, embora esta na época padecia de inúmeras e graves objeções mecânicas e astronômicas (além das objeções da própria Igreja). E, foram estas observações que serviram de argumento para a teoria heliocentrica de Copérnico.

Também será comentado no evento sobre o livro "A Mensagem das Estrelas" do próprio Galileu. O livro fora terminado em 1610 e relata as observações de 1609, que servira de instrumento para comprovação da hipótese coperniana. Além disso, toda a sua produção intelectual subsequente até sua condenação em 1633, esteve a serviço dessa hipótese e de uma nova cosmovisão, opositora da metafísica cristã aristotélica-tomista.

Sobre o palestrante

Fernando Lang da Silveira é doutor em Educação e professor associado da Univesidade Federal do Rio Grande do Sul, lotado no Instituto de Física. Atua na área de Pesquisa em Ensino de Física com especial interesse em Métodos quantitativos aplicados à pesquisa de ensino, História e Filosofia da Ciência e Temas de Física Geral.

Para maiores informações sobre a palestra acessem o site http://www.planetario.ufrgs.br/.

Teoria dos Quasares


Os quasares são objetos de extrema luminosidade encontrados nos confins do Universo conhecido, a aproximadamente dois bilhões de anos-luz da Terra. Acredita-se também que eles sejam núcleos galáticos ativados por buracos negros super maciços, que absorvem gás e poeira da galáxia liberando no processo, energia muito superior à liberada pela fusão nuclear.

Aparentemente eles são semelhantes às estrelas, mas sua estrutura real é parecida à de uma galáxia ativa e sua massa é pouco maior do que a de qualquer outro corpo celeste já catalogado. São também fortes emissores de ondas de rádio e colossais emissores de luz, indicando que os quasares possuem grande quantidade de partículas de altíssima energia.

Muitos deles liberam imensos jatos de partículas radioativas, como o quasar 3C2173 (foto acima) que é o mais brilhante já observado, estando a aproximadamente dois bilhões de anos-luz da Terra.

A maioria dos quasares já observados possuem um forte desvio para o vermelho no espectro, indicando que se movimentam muito rapidamente, provavelmente a uma velocidade superior a 50 mil km/s. O que, pela constante de Hubble, leva a entender que estão muito distantes e que se formaram num período muito recente da considerada formação do universo.

A teoria dos quasares foram lançada no ano de 1999, por Edwin Ernest Salpeter e Yakov Borisovich Zel'dovich. Para eles os quasares não são na verdade galáxias ativas, mas apenas objetos associados a galáxias ativas. Embora seja a teoria mais aceita, já foram encontrados quasares dispersos, sem galáxias próximas, sujerindo que a relação entre os quasares e as galáxias não seja obrigatória e que eles não sejam um único objeto.

Porém há um problema com a teoria dos quasares, segue a dúvida "Porque não há quasares próximos à Terra?". Já que estes se formam em buracos negros, poderiam surgir próximos de nosso planeta? Então a explicação mais aceita é que só haveria galáxias ativas no início da formação do Universo, e que por serem recentes possuíam matéria próxima aos seus buracos negros para alimentá-los. Com o decorrer dos anos essa matéria acabou parando de alimentar o sistema que gera a energia colossal.

Mas a dúvida continua, pois novas galáxias surgem constantemente pelo encontro e junção de galáxias menores, isso deveria reacender o sistema fornecedor de energia dos quasares, o que não acontece. Sendo que a busca por respostas continua e, quem sabe quando encontraremos as corretas.

Enquanto isso, resta-nos apenas vislumbrar a beleza e magnitude de tal fenômeno que talvez um dia possa não existir mais ou como não sabemos, podem até ficar mais próximos de nosso planeta.


Exemplo de um quasar.

Amantes do céu

Astronomia será nova graduação da UFRGS

Eles querem avisar ao mundo sobre as estrelas. E, este ano, os astrônomos estão mobilizados em todo o planeta para celebrar o Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009). No Estado, a boa notícia vem do alto do centenário Observatório da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 2010, a universidade oferecerá o curso de Física, com ênfase em Astronomia.

A astrofísica (ainda restrita ao pós-graduação) é mais matemática do que física. É mais computador do que luneta. Mas não perde o encanto do observador de estrelas. Quem estuda o universo se dedica a uma ciência pura, cercada de lógica e treinamento específico que começa a atrair novos pesquisadores ao bacharelado do Instituto de Física da UFRGS.

– Além da Astronomia, vamos oferecer o currículo tradicional e outras duas ênfases nas áreas computacional e ciências dos materiais, com foco na nanotecnologia. A ampliação inclui ainda um novo curso de Engenharia Física – adianta Sandra Denise Prado, coordenadora da graduação.

Seja qual for a opção, que passará a ser definida, a professora alerta para a exigência do currículo da Física. A graduação é a que registra um dos maiores índices de evasão da universidade, com mais de 50% de desistência.

– É preciso gostar muito de ciência e estar disposto a estudar. Na Astrofísica, por exemplo, muita gente ainda tem uma ideia romântica. Mas o treinamento em matemática e física é muito forte – avisa a professora.

Como são poucos que se formam, diz Sandra, os físicos encontram boas oportunidades em indústrias e empresas. Bancos e o setor financeiro também buscam o profissional que tem a lógica como ferramenta.

– É uma profissão idealista – diz o diretor de Observatório da UFRGS, Basílio Santiago.

Ao assumir a coordenação do Observatório da universidade, em janeiro, Basílio tornou-se também o responsável pela divulgação do AIA 2009 no Estado. E tem promovido a aproximação da comunidade com o universo em eventos públicos que reúnem centenas de curiosos do céu.

– Muitos astrônomos que trabalham com a observação estelar, como eu, passam o dia em uma sala, fazendo simulações, interpretando dados. Nosso cotidiano não é feito de pura observação. Mas somos amantes do céu, e os telescópios do mundo fazem parte da atividade –diz.

Graduado em Física, em 1987, Basílio cursou doutorado nos Estados Unidos e defendeu a tese no Observatório Nacional, em 1993.

Lúcia Pires
Publicado no jornal "Zero Hora".

Roteiro para ver estrelas no Ano Internacional da Astronomia


Ana Lúcia Borges

Há quatro século, Galileu Galilei deu um passo revolucionário na ciência. Aliás, não um passo, mas um giro: o italiano ousou apontar um telescópio na direção do céu de Florença e acabou por observar o Universo exaustivamente, dia após dia, revelando com riqueza descritiva as crateras da Lua, os satélites de Júpiter e detalhes da Via Láctea. Pois um de seus dois telescópios ainda existentes - instrumentos que quase lhe custaram a vida por desafiar os cânones científicos e religiosos vigentes até então - deixou a Itália e estará exposto, até setembro, no Franklin Institute, na Filadélfia, nos Estados Unidos, na mostra "Galileu, os Médici e a Era da Astronomia". O evento é um dos muitos realizados mundo afora como parte da programação do Ano Internacional da Astronomia, uma iniciativa da União Astronômica Internacional (IAU) e da Unesco - veja mais em http://www.astronomia2009.org.br/ - para marcar os feitos de Galileu. Um dos pontos altos da comemoração em todo o mundo foram as "100 horas de astronomia", jornada de observação realizada semana passada, entre os dias 2 e 5.

Inspirados pelo ano temático, sugerimos um roteiro para ver estrelas. Se não de perto, como nas milionárias viagens espaciais, ao menos com o reforço de um telescópio poderoso. O programa inclui hotéis com passeios para avistar astros, em lugares como o Deserto do Atacama ou Bali, e observatórios que podem ser visitados no pico de uma montanha francesa coberta de neve ou num prédio como o do Griffith Observatory que já serviu de locação para o filme "Juventude Transviada", de 1955, estrelado (!) pelo astro (!) James Dean.

Publicado no jornal "O Globo".

UFRGS promove sessões astronômicas para adultos


O planetário da UFRGS promove durante os dias 05, 12, 19 e 26 às 18h o programa "A Harmonia do Mundo".

Com duração de 48 min o projeto busca acompanhar o desenvolvimento do pensamento científico e suas implicações filosóficas, mostrando como o homem chegou às bases do conhecimento de nossa época.

O ingresso é 1kg de alimento não perecível que será repassado a entidades filantrópicas. Para maiores informações acesse o site http://www.planetario.ufrgs.br/domingos.html.