Roteiro para ver estrelas no Ano Internacional da Astronomia


Ana Lúcia Borges

Há quatro século, Galileu Galilei deu um passo revolucionário na ciência. Aliás, não um passo, mas um giro: o italiano ousou apontar um telescópio na direção do céu de Florença e acabou por observar o Universo exaustivamente, dia após dia, revelando com riqueza descritiva as crateras da Lua, os satélites de Júpiter e detalhes da Via Láctea. Pois um de seus dois telescópios ainda existentes - instrumentos que quase lhe custaram a vida por desafiar os cânones científicos e religiosos vigentes até então - deixou a Itália e estará exposto, até setembro, no Franklin Institute, na Filadélfia, nos Estados Unidos, na mostra "Galileu, os Médici e a Era da Astronomia". O evento é um dos muitos realizados mundo afora como parte da programação do Ano Internacional da Astronomia, uma iniciativa da União Astronômica Internacional (IAU) e da Unesco - veja mais em http://www.astronomia2009.org.br/ - para marcar os feitos de Galileu. Um dos pontos altos da comemoração em todo o mundo foram as "100 horas de astronomia", jornada de observação realizada semana passada, entre os dias 2 e 5.

Inspirados pelo ano temático, sugerimos um roteiro para ver estrelas. Se não de perto, como nas milionárias viagens espaciais, ao menos com o reforço de um telescópio poderoso. O programa inclui hotéis com passeios para avistar astros, em lugares como o Deserto do Atacama ou Bali, e observatórios que podem ser visitados no pico de uma montanha francesa coberta de neve ou num prédio como o do Griffith Observatory que já serviu de locação para o filme "Juventude Transviada", de 1955, estrelado (!) pelo astro (!) James Dean.

Publicado no jornal "O Globo".

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